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Coreia do Norte é atualmente um dos paÃses mais pobres do mundo e um dos maiores inimigos ideológicos dos
Estados Unidos da América. Liderada atutalmente pelo
Presidente Kim Jong Un debaixo de um regime totalitário, a nação afirma-se como socialista, mantém-se isolada internacionalmente e não admite a liberdade de expressão. Nos últimos anos, tem-se servido da Internet como um campo de batalha, baseando-se num exército de hackers profissionais que geram o caos na web. Em dezembro, assistimos a um desses casos quando a distribuidora cinematográfica
Sony sofreu um ataque cibernético, do qual resultou o
cancelamento do filme The Interview - uma sátira ao regime norte-coreano. A polémica forçou o mundo a olhar de novo para a
Coreia do Norte e a pôr em evidência o que por lá se passa. Neste post, tentamos perceber
como funciona a Internet num paÃs onde não existe
liberdade de expressão. Encontre todas as respostas às suas perguntas e deixe-se surpreender por uma realidade cibernética muito diferente daquela a que está habituado.
Como funciona a Internet na Coreia do Norte?
A
Coreia do Norte é de tal forma paranóica com a atividade dos seus cidadãos que começa por regular quem tem computador ou não. O que é que isto significa? Para adquirir um computador na Coreia do Norte não basta ir a uma loja e escolher o melhor modelo. O primeiro passo a dar é requerir permissão do Governo para adquirir o
computador. Todos os computadores pessoais são mais tarde registados pela polÃcia. Ao falarmos de
computadores, deixamos claro também que escolha é muito limitada. Os únicos
computadores comercializados são os produzidos pela empresa norte-coreana
Morning Panda, gerida pelo governo e que fabrica anualmente poucos milhares de computadores. Ainda assim, nem tudo é mau:
há Internet na Coreia do Norte. Esta é uma novidade surpreendente, uma vez que falamos de um paÃs pobre, isolado internacionalmente e que não admite liberdade de expressão. Tendo em conta este pano de fundo, como é que a Internet pode funcionar? Quem é que pode aceder à Internet? Infelizmente, mesmo que a Internet exista na
Coreia do Norte, o seu acesso é negado à maioria dos cidadãos. A maioria dos norte-coreanos â" uma população que é maioritariamente rural â" não sabe sequer o que é isto. Para aqueles que vivem na capital,
Pyongyang, a Internet é facilmente confundida com o sistema de Intranet de que dispõe nos escritórios e locais de trabalho. Com uma interface equivalente àquela de que dispunhamos em 1994, este sistema de rede fechada cria a falsa ilusão de que existe
Internet. Ã de tal forma rudimentar que permite apenas
enviar emails e aceder a sites pré-definidos que são devidamente copiados da Internet e censurados pelo Governo. Mas só se pode aceder Ã
Intranet em espaços públicos. Computadores de laboratórios em escritórios governamentais, um pequeno número de cibercafés e algumas universidades são os pontos escolhidos para se aceder à web. E as restrições não ficam por aqui: a Intranet só pode ser acedida nas grandes cidades. A
verdadeira Internet, aquela a que temos acesso, está ao alcance de uma pequena elite de priviligiados. Numa sociedade constituÃda por cerca de 25 milhões de pessoas, apenas 1,024 endereços IP estão registados. A elite usufrui de uma série de privilégios. Para acederem à verdade Internet, usam
computadores de topo â" provavelmente da marca Apple â" que são adquiridos para garantir um excelente serviço. Os computadores da Morning Panda são lentos, obsoletos e têm uma banda larga muito reduzida. Além da elite, existem alguns norte-coreanos a usar a Internet para executarem o seu trabalho:
responsáveis pela propaganda polÃtica,
analistas e, claro,
hackers. Para garantir que estes funcionários governamentais não se deixam deslumbrar por aquilo que vêem na Internet, o governo encarrega-se de os compensar com
salários bastante elevados.
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