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Friday, August 7, 2015
Acordo entre EUA e Cuba: o que vai mudar na Internet?
O dia 17 de dezembro de 2014 foi histórico para o continente americano. Após relações cortadas durante mais de 50 anos, os Estados Unidos da América e o regime de Cuba chegaram finalmente a um acordo diplomático que põe de lado os conflitos iniciados durante a Guerra Fria. Após um telefonema de 45 minutos, entre Barack Obama e o presidente cubano Raúl Castro, reiniciou-se a ligação entre as duas nações. Mas que mudanças traz este acordo? Pelo lado dos Estados Unidos, será reaberta a embaixada em Havana, Cuba será excluÃda da lista de terroristas e as restrições a viagens e relações comerciais serão aliviadas. Cuba, por outro lado, comprometeu-se a libertar 53 prisioneiros identificados como presos polÃticos pelos Estados Unidos. "Estes cinquenta anos demonstraram que o isolamento não funciona", disse o presidente Barack Obama no comunicado transmitido em direto. "à tempo de uma nova abordagem". Esta nova abordagem implica, entre outros assuntos, uma mudança do uso da Internet por parte de Cuba. Neste post, tentamos perceber como este anúncio diplomático pode impactar a Internet nos próximos anos.
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Telefonema entre Barack Obama e Raúl Castro, momentos antes de ser anunciado o acordo entre Cuba e os EUA[/caption] No seu discurso, Obama citou que o isolamento diplomático privou Cuba de uma das tecnologias mais importantes do último século: a Internet. Enquanto o acesso à rede continua a expandir-se a todo o mundo, na ilha de Cuba apenas 5% da população está online. Relembramos ainda que Tim Berners-Lee - considerado o pai da Internet - defendeu, recentemente, que o acesso à web deve ser considerado um direito humano. Nesta linha de pensamento, há então muitas barreiras para derrubar no mundo digital cubano. Acreditando que é necessário mudar estes 5%, o presidente norte-americano autorizou a exportação de equipamentos de comunicação. A ideia é melhorar - se não mesmo instalar - infra-estruturas de telecomunicação em Cuba. Em 2009, o acordo já então celebrado entre as duas nações era mais restritivo, não incluindo sequer exportações deste género.
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